Os preços da Nowo (antiga CaboVisão)

Ao saber do rebranding da Cabovisão para Nowo fiquei curioso como iria funcionar o serviço e como isso se iria reflectir nos preços. Em particular quando li esta frase:

A NOWO, diz Miguel Veiga Martins, vai trazer “liberdade de escolha e justiça ao mercado”, uma vez que não tem pacotes pré-definidos e o cliente é livre para escolher e pagar apenas pelo ‘mix’ de serviços de Net, TV, Telefone fixo e Móvel que escolheu, numa lógica de “para quê pagar centenas de canais, se não vê metade?”.

No entanto, o site da Nowo não permitia ter uma visão dos preços. E para utilizar o simulador é necessário ter uma morada onde o serviço é válido para conseguir aceder aos valores. Como tal deixo aqui essa informação para quem não tenha ou saiba uma morada válida. (nota: não sei se os preços mudam conforme a localidade, mas não creio)

Assim, o serviço funciona com um plano base constante, por 19,99€:

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O que é uma boa opção para quem quer apenas internet em casa e obtém alguns canais analógicos extra. Não somos forçados a instalar (ou ter associado ao serviço) telefone fixo ou TV digital como na maioria das outras operadoras.

No entanto para quem deseje ter um telefone fixo, pode obter por mais 2€/mês.

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Para a televisão digital os preços começam em 5€/mês para 90 canais. No entanto este serviço digital “simples” tem uma box com funcionalidades limitadas (ex: não permite acesso à gravação automática dos últimos 7 dias). Esta box permite apenas: Guia TV, Videoclube, Pause Live TV e Gravação Agendada.

A televisão digital “avançada” acresce ao plano base 8€/mês por 140 canais e com uma box que permite as mesmas funcionalidades do plano “simples” e ainda: Restart TV (recomeçar um programa do início), Flashback (gravação automática dos últimos 7 dias), Picture in Picture (visualização de dois canais em simultâneo), Gravação de 2 canais em simultâneo, Media Center (fotografias, músicas e vídeos através da ligação de outros dispositivos), Web Browser (internet através da TV), Redes Sociais (Facebook e Twitter).

Ou seja, para fazer um plano semelhante ao plano base TV + Net + Voz da Vodafone que custa 28,90€ na Nowo iria pagar 29,99€.

Neste caso não será mais barato e obviamente existem outras diferenças nos serviços. Mas pode tornar-se mais económico pois temos a opção de remover o telefone fixo ou reduzir o pacote de canais.

Para além do preço, outro factor de diferenciação é a fidelização por apenas um ano em instalações gratuitas (pena os 30€/50€ para fidelizações inferiores não incluirem TV Digital).

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Agora onde a Nowo tem um preço competitivo é quando adicionamos um serviço de telemóvel ao plano.

7€ por mês para 2GB de internet no telemóvel e 2000 minutos de chamadas/SMS é uma proposta bastante apelativa.

No entanto, estes 7€ são para quem faça a portabilidade do número e passa a 11€ para quem solicite um novo número.

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Quando fazemos uma comparação de valores incluindo 1 serviço móvel:

Plano TV + NET + Voz + Telemóvel
Nowo: 36,99€
Vodafone: 56,90€
MEO: 56,99
NOS: 54,40

É óbvio que existem outras diferenças nos serviços mas um plano semelhante na Nowo permite-nos poupar 20€ por mês.

Mais, com este valor a Nowo inclui 2GB de internet no telemóvel e as outras operadoras apenas 500MB.

Penso para nós consumidores é um passo no bom sentido e vai pressionar as outras operadoras para fazer melhor mas longe da absoluta “liberdade de escolha e justiça ao mercado”. Para isso era necessário que nos fosse permitido escolher muito mais. Por exemplo escolher um a um os canais que queremos no nosso serviço ou só pagar os minutos que de facto visualizamos cada canal.

Deixo aqui mais alguns detalhes que podem ser interessantes para quem pretende saber mais preços do serviço da Nowo:

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Preços dos pacotes de canais premium e pacotes de canais de TV Digital:

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Como entraram no site da Mossack Fonseca e sacaram os “Panama Papers”

Ainda não é certo o método mas existem duas formas de acesso possíveis que já foram identificadas e que em ambos os casos poderiam ter sido evitadas se a pessoa que mantinha o site tivesse clicado no botão: Actualizar.

O site da Mossack Fonseca tem duas secções. Em www.mossfon.com funciona o site principal e público de acesso à informação da empresa e em portal.mossfon.com funciona a secção de acesso para clientes da empresa.

portal.mossfon.com

Esta secção funcionava em Drupal um sistema de gestão de conteúdos bastante popular.

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A versão instalada era a 7.23 de Agosto de 2013 e tem 23 vulnerabilidades conhecidas.

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É bom lembrar que o Drupal é gratuito e que desde Agosto de 2013 dezenas de actualizações foram lançadas e que facilmente podiam e deviam ter sido instaladas.

Não é necessário dizer que entrar num site que tenha a versão 7.23 do Drupal instalado não é propriamente difícil e que qualquer miúdo em idade escolar o conseguirá fazer no intervalo dos trabalhos de casa.

www.mossfon.com

O secção pública  funcionava em WordPress e tinha instalado um plugin chamado Revolution Slider.

A versão do plugin utilizado era a 2.1.7 e estava desactualizada há anos.

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Actualizar um plugin em WordPress é tão simples como: entrar na administração do site, ir a plugins e clicar “actualizar”. Mais, sempre que um administrador entra no painel de gestão do WordPress recebe um aviso quando existem plugins ou outros elementos desactualizados.

Não se percebe como uma empresa com esta dimensão tenha o seu site vulnerável há tanto tempo e aquilo que tenho mais curiosidade é em saber se alguém fazia a manutenção do site. Se o site era mantido por estagiários e/ou administrativos, percebesse a razão disto acontecer e de terem sido ignorados os avisos de actualização. Se o site era gerido por uma empresa ou webmaster da empresa, então isto não faz qualquer sentido.

Quanto a nós? Talvez seja uma boa ideia mantermos os nossos sites actualizados e clicar em Sim da próxima vez que o sistema lhe perguntar: Pretende actualizar agora?

Fonte e imagens: WordFence

80% dos lucros da tua empresa advêm de 20% dos teus clientes

Em Nuvens.pt temos 3 planos de alojamento de sites. Em linhas gerais, o mais caro oferece mais espaço e o mais barato menos. Se verificar que um cliente vai efectuar a renovação anual do serviço e que está a pagar o mais caro quando utiliza apenas o espaço do mais barato, eu posso ignorar ou avisar o cliente. Caso ignore, vou ganhar mais dinheiro e gastar menos recursos, obviamente será financeiramente mais vantajoso. Se avisar o cliente, acabo por ganhar menos dinheiro.

A resposta a este dilema demonstra muito sobre a nossa forma de estar no mercado. Porque o avisar o nosso cliente só nos garante menos dinheiro no presente. Esta é a única garantia absoluta quando se toma a decisão. No entanto, o reduzir custos ao nosso cliente pode garantir que um concorrente não consiga “roubar” este cliente com preços mais acessíveis pois vai oferecer apenas o serviço que ele realmente necessita. Pode garantir que o cliente esteja tão satisfeito com o nosso serviço/produto que o recomende a outros.

Há pessoas que pensam isto como uma questão moral, eu não. Eu aviso os clientes por estratégia. Eu prefiro ter mais clientes satisfeitos e “do meu lado”, a ter clientes indiferentes. A longo prazo um cliente satisfeito irá trazer-me mais retorno financeiro e será mais agradável de trabalhar.

O princípio de Pareto é muitas vezes adaptado aos negócios e é algo que me ajuda a pensar estas questões:

  • 80% dos lucros da tua empresa advêm de 20% dos teus clientes
  • 80% dos teus novos clientes são atraídos por 20% dos teus actuais clientes
  • 80% das reclamações advêm de 20% dos teus clientes
  • 80% dos teus lucros advêm de 20% do trabalho da tua equipa
  • 80% das tuas vendas advêm de 20% dos teus produtos
  • 80% do mau nome da tua empresa advêm de 20% dos teus clientes

É óbvio que isto não é cientifico mas na minha experiência a lógica tem se provado correcta.

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Não existem segredos (mas também não há atalhos)

Em 1980 as empresas que conseguiam pagar anúncios no “prime time” televisivo, facilmente dominavam o mercado. Existia um guardião do acesso ao mercado de massas. Era relativamente linear. Contratavam um produtor de vídeo, pagavam a produção do anúncio e depois pagavam de cada vez que o anúncio passava. Era simples, tinhas dinheiro fazias, não tinhas dinheiro, não fazias.

Mas tudo mudou. Não existem guardiões de acesso ao mercado de massas. Hoje podemos gravar um vídeo com o nosso telefone e em 2 minutos ter acesso ao mercado de massas.

Isto parece relativamente óbvio mas algo que escapa às pessoas que gerem negócios. Não existem esquemas elaborados, não existem caminhos apenas acessíveis a alguns. O mercado é que decide. As pessoas é que decidem. Tu colocas um vídeo no YouTube, as pessoas decidem se querem ver ou não. Se quiserem e gostarem, vão seguir-te, vão falar disso aos amigos, vão criar uma relação contigo, com a tua marca.

E não é necessário ser algo muito elaborado. Uma produção simples com uma boa mensagem vai ter mais retorno do que uma produção elaborada com uma má mensagem. O objectivo é conquistar a CONFIANÇA das pessoas e isso não se faz com o mesmo tipo de produção que se fazia nos anos 80/90.

Hoje o acesso a produtos está globalizado. É simples comprar directamente a um fabricante num país distante. Aquilo que faz a diferença na cabeça das pessoas é comprar o produto CERTO para solucionar determinado desejo ou problema. As pessoas querem ter a certeza que não estão a deitar dinheiro fora. Querem saber que vão receber o produto que imaginaram, que este vai funcionar como anunciado e isso irá resolver o tal problema ou desejo. É aqui que entra a confiança.

Se eu souber que determinada empresa/marca me oferece as garantias de que o meu dinheiro será bem gasto, eu opto por essa empresa. Eu até estou disposto a pagar um pouco mais por isso e se ficar satisfeito, irei explicar a razão da minha escolha aos meus amigos e conhecidos.

A questão que se coloca é: como transmitir confiança? A resposta envolve um conjunto de palavras que não são muito comuns no mundo dos negócios. Palavras como transparência, generosidade, honestidade e honra.

Claro que existem outros caminhos. Podemos colocar dinheiro em publicidade no Google, Facebook, televisão, rádio, jornais e tudo o resto onde aceitem colocar o nosso nome em troca de dinheiro mas isso é semelhante aquilo que chamamos um “brute-force attack” em informática. Ou seja, aquilo que um hacker tenta fazer para ganhar acesso a uma conta através de experimentação de todas as combinações possíveis de palavras-chave para adivinhar qual a password de uma conta. A diferença é que por cada tentativa estamos a pagar. Pode ser o caso de que por cada €100 que gastamos podemos estar a mandar €99,90 ao lixo.

Para quem não tem margens que lhe permita esse tipo de investimento, ou para quem pretenda um investimento com retorno a médio/longo prazo, existem outras opções. Mas estas requerem tempo e dedicação. Por exemplo, podemos oferecer no nosso site informações detalhadas da empresa e de cada um dos produtos. Com imagens, vídeos, textos e toda a informação necessária para esclarecer as dúvidas dos visitante. Podemos atender o telefone com paciência e desejo de ajudar. Podemos garantir a entrega rápida e aceitar devoluções. Podemos criar conteúdos informativos de valor e interesse para os nossos potenciais clientes e ou interessados. No fundo, podemos pensar nos interesses da nossa AUDIÊNCIA em primeiro lugar, isso irá transparecer e uma relação de confiança estará a ser criada.

Imagens grátis para utilizar em sites, artigos e projectos

Encontrar um banco de imagens grátis com fotografias originais e que funcionem com aquilo que queremos transmitir não é muito fácil.

As imagens são a primeira coisa que apanha os olhos dos utilizadores do site. É a combinação de cores, espaços e imagens que dão o ambiente de cada página. A imagem certa pode tornar um artigo de blog bem mais apetecível, pode explicar o propósito do teu site de forma quase instantânea ou ajudar a embelezar uma grande massa de texto.

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